Miguel Salaz
1 min readOct 1, 2021

Madame Jessica

Adorava andar de cachorrinho ao colo, daquele tipo mexicano pequenino que está sempre ladrando. O calor do bicho junto ao seu peito deixava ela mais plácida. Depois, tinha uma costela francesa que se misturava com seus genes norte-americanos da Florida, donde sua mãe era proveniente, e o cruzamento dessas duas origens se dava muito bem. Como chocolate instantâneo dissolvido em leite quente. Mas sua principal característica, mesmo, era o facto de dar uma quantidade de uso … digamos invulgar – não estou aqui para fazer julgamento- a seu grelo e a sua boquinha.

“Hey Jessica, deslargue o nabo” Ouviu ela pelo altifalante de seu pink telephone, era sua irmã lhe falando lá de longe, dos campos Elísios.

Sei não pensou a Madame de boca cheia e sem conseguir responder, esmagando aquela espécie de rato grande branco ladrador contra o seu peito, e entupindo sua guela com o falo enorme de Arnold. Aquela afirmação, vinda de alguém geneologicamente tão próximo, dava nervos a ela, que descompressava seu estresse da única maneira que sabia, dando trincadinhas no mencionado.